A Associação de Voleibol de Lisboa (A.V.L.) nasceu de uma reunião de clubes, promovida pela Associação Cristã da Mocidade (A.C.M.), a 28 de Dezembro de 1938, tendo como primeira sede o Nº 335 da Rua de S. Bento. É a associação de voleibol mais antiga do País.
De facto, a A.C.M. representou um papel preponderante na implementação e divulgação da modalidade não só em Lisboa, mas também em todo o Continente. Editou inclusivamente o primeiro Livro de Regras, baseado nas regras americanas então vigentes.
Entre os doze clubes fundadores, contam-se alguns dos mais proeminentes clubes do Panorama Desportivo Nacional da altura, como o Sport Lisboa e Benfica, o Sporting Clube de Portugal e Clube de Futebol “Os Belenenses”.
O primeiro torneio da modalidade, após a fundação da A.V.L., é promovido pelo jornal “Os Sports”, tendo tido como vencedores, nas categorias em disputa, o Sporting Clube de Portugal, e a Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico.
Em Fevereiro de 1940, a A.V.L. sai da sua sede inicial e vai ocupar uma sala na sede do Sporting Clube de Portugal, que se situava no Nº 27 da Praça dos Restauradores, o Palácio da Foz.
O primeiro Campeonato de Lisboa, realizado na época desportiva de 1929/40 teve como vencedores o Sporting Clube de Portugal e de Estudantes do Instituto Superior Técnico.
Em 1942 a sede passa para a Rua Jardim do Regedor, Nº5 , 4º Esquerdo, onde se situava a Associação de Basquetebol de Lisboa, pagando à sua congénere a renda de 40$.
Num esforço de organização a nível nacional da modalidade, a A.V.L. teve um papel preponderante na fundação da Federação Portuguesa de Voleibol, o que aconteceu a 07 de Abril de 1947 em Lisboa. Este processo contou também com a participação da Associação de Voleibol do Porto, então constituída a 31 de Março de 1942.
Em Setembro de 1949, a A.V.L. mudou-se para a Avenida Duque de Loulé, Nº 35, onde apenas esteve durante 2 anos, tendo vindo a mudar-se novamente, em 1951, para a Praça da Alegria.
A Rua do Telhal foi a morada seguinte da AVL, mais concretamente no Nº 12, 2º andar desta mesma rua, local onde se manteve até ao ano de 1999, quando foi levada a cabo nova mudança de sede, desta vez para a Rua da Sociedade Farmacêutica, Nº 56.
No entanto esta não seria a ultima mudança da sede da A.V.L., pois em 2009 volta a haver uma mudança, desta vez para a Rua Marcos Portugal, Nº 8, numa mudança que representa a única situação em que a sede da A.V.L. fica situada fora do Concelho de Lisboa, e sim no Concelho de Oeiras.
Após 5 anos neste local, a A.V.L. muda-se novamente, regressando ao Concelho de Lisboa, desta vez na Rua Alfredo da Silva, Nº 12, no Bairro da Boa-Hora.
Podemos afirmar sem presunção que até ao final da década de 60, a hegemonia do voleibol nacional se situava na área de intervenção da A.V.L., tendo o Sport Lisboa e Benfica, Sporting Clube de Portugal e a Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico como os máximos representantes do voleibol nacional da altura.
De facto, estes clubes vinham desde há bastantes anos a destacar-se no panorama nacional, sendo que essa supremacia se manifestava com a conquista de inúmeros títulos nacionais.
No início da década de 70, e na sequência de uma maior preponderância da modalidade dos clubes da Associação de Voleibol do Porto, a Federação mudou-se de Lisboa, onde ainda se encontrava situada para a região Norte do País, mais concretamente para o Porto, onde se mantém ainda hoje.
Como organização, a A.V.L. estrutura-se seguindo o modelo corrente, nomeadamente: Assembleia Geral, Direção, conselho Fiscal e Conselho Jurisdicional, além de um departamento técnico cobre quem recaem as competências de ordem técnica inerentes a todos os aspetos desportivos e de formação de agentes desportivos.
Se ao longo da sua História, a A.V.L. pôde contar com figuras diretivas absolutamente preponderantes, como o Eng. Augusto Cavaco, Manuel Camacho Lúcio, Rogério Carneiro Lopes (considerado como o melhor árbitro a nível mundial da década de 40), e tantos outros, é certo que passou igualmente por períodos de crise, onde se verificou um claro vazio diretivo, onde se verificaram dificuldades em encontrar dirigentes disponíveis para assumir os compromissos inerentes a estas funções. Esta situação verificou-se ainda bem recentemente, sendo que essa responsabilidade recaiu, de forma bem-sucedida, sobre os clubes filiados na A.V.L.
Após o processo revolucionário de 25 de Abril de 1974, por força da profunda mudança que operou no dia-a-dia de todos nós, a modalidade conheceu uma forte expansão, que se refletiu em número de clubes filiados, assim como de atletas federados, com numero na ordem dos 45 clubes, com cerca de 2000 atletas, em 1979.